Rádio no Brasil
O Brasil possui 2.826 emissoras comerciais de rádio licenciadas, segundo
dados de 1997 do Ministério das Comunicações . A Região Sudeste tem o maior
número de emissoras (1.051) - 526 só no estado de São Paulo -, seguida das
regiões Sul (760), Nordeste (611), Centro-Oeste (245) e Norte (159).
A primeira emissão radiofônica brasileira acontece em 7 de setembro de
1922, nas comemorações do centenário da independência. A Westinghouse Electric
International Co. instala no alto do Corcovado , no Rio de Janeiro, uma estação
de 500 watts, inaugurada com discurso do presidente Epitácio Pessoa. Seguem-se
emissões de música lírica e conferências, captadas nos 80 aparelhos de rádio
dispersos pela cidade.
No fim das festividades, a rádio sai do ar, e outra transmissão só
acontece no ano seguinte com a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, fundada pelo
antropólogo Roquette Pinto e por Henry Morize, diretor do Observatório
Nacional. A emissora, com programas educativos e culturais, influencia várias
rádios amadoras que aparecem no país na década de 20, como a Rádio Clube
Paranaense, em Curitiba. Todas nascem como clubes ou sociedades e, como a
legislação proibia a publicidade, são sustentadas pelos associados.
O rádio comercial desponta a partir da legalização da publicidade, no
início da década de 30. Com o crescimento da indústria e do comércio, o número
de propagandas aumenta e o rádio transforma-se em um negócio lucrativo. Surgem
os anúncios cantados, os jingles, que revolucionam a propaganda radiofônica. Na
década de 30 são criadas várias rádios, entre elas a Rádio Record, de São Paulo
(1931), a Rádio Nacional, do Rio de Janeiro (1936) - a primeira grande emissora
do país -, e a Rádio Tupi (1937), de São Paulo.
Nessa época, o rádio vai abandonando seu perfil educativo e elitista
para firmar-se como um meio popular de comunicação. A linguagem torna-se mais
direta e de fácil entendimento. A programação diversifica e é mais bem
organizada, atraindo o grande público. Nos anos 30 e 40 aparecem os programas
de música popular, que lançam ídolos como Carmen Miranda e Orlando Silva.
Surgem também os programas de humor, de auditório - que contam com a participação
do público -, e as novelas. A primeira delas é Em Busca da Felicidade (1941),
da Rádio Nacional.
A mesma rádio lança o Repórter Esso (1941), que inaugura o
radiojornalismo brasileiro. As técnicas introduzidas por ele - frases curtas e
objetivas, agilidade, instantaneidade e seleção cuidadosa das notícias - são
usadas até hoje na maioria dos jornais falados.
Com a popularização da televisão, no final da década de 50, o apogeu do
rádio chega ao fim e as emissoras são obrigadas a redefinir seus objetivos.
Nessa reestruturação passam a dar mais espaço ao radiojornalismo e aos
serviços à comunidade. A primeira rádio a divulgar notícias durante toda a
programação é a Bandeirantes, de São Paulo, inaugurada em 1954.
A partir de 1968 surgem as emissoras de freqüência modulada (FM).
A maioria delas apresenta programas musicais, como a Rádio Cidade
(1977), líder de audiência na década de 80. A primeira rádioFM só de
notícias é a CBN, criada em 1996.
Fonte:
http:// www.rederic.com.br
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/historia-do-radio/historia-do-radio.php
Nenhum comentário:
Postar um comentário